VideoConferência
Por muitos anos a videoconferência tem sido uma incógnita para muitas empresas. Conhecidas por serem extremamente eficientes, porém de altíssimo custo, estas soluções têm permanecido como uma exclusividade de grandes organizações e órgãos do governo, ou seja, instituições que poderiam arcar com os altos custos associados a sistemas de videoconferência.
O histórico que cerca esta tecnologia remonta aos primórdios das primeiras plaformas de serviços que então eram oferecidos pelas Operadoras de telefonia, e que inicialmente eram baseados em ISDN. Posteriormente estes serviços evoluíram para o uso do MPLS e têm sido utilizados em redes privativas de comunicação. Nestes sistemas as empresas devem necessariamente possuir, controlar e gerenciar toda a estrutura de videoconferência, ou seja, as MCUs (Multipoint Control Units).
O custo e as exigências deste tipo de sistema tornam a sua aquisição proibitiva para a maioria das empresas de Pequeno e Médio porte, e até mesmo para empresas de porte maior tais sistemas têm se revelado significativos, a ponto de inibir a sua adoção.
Recentemente, serviços baseados em Nuvem têm sido oferecidos por diversas empresas como, por exemplo, a Zoom. Neste caso, o papel das MCUs é exercido pela própria Zoom, os quais ficam localizados em Nuvem. Por meio de protocolos de alto poder de recuperação, como o H.264, tem sido possível oferecer serviços de qualidade próxima aos dos sistemas privativos (*).
O custo de serviços como o Zoom, baseado em Internet, é substancialmente mais baixo do que o uso e posse de serviços e tecnologias privativos. Para uma melhor qualidade, é possível utilizar equipamentos como os ofertados pela fabricante Logitech. Por meio desta conjugação que compõe uma excelente relação custo/benefício é possível desfrutar de um serviço com qualidade próxima ao de sistemas profissionais, sobretudo quando os clientes remotos estão necessariamente interligados através da Internet (**).
(*) Pelo fato de utilizarem a Internet como meio de transmissão, várias tecnologias de otimização têm sido adotadas, porém é importante ressaltar que a Internet é, sem sua natureza, um meio de "melhor esforço" (best effort), e por este motivo a qualidade absoluta não pode ser garantida, mas tão somente a "melhor possível".
(**) Cabe ressaltar que os resultados efetivos dependerão da qualidade do serviço de dados contratado, do correto gerenciamento de QoS nas bordas de entrada e saída, bem como das condições da própria Internet.